O vídeo de uma entrevista do ex-atacante do Fluminense e do Cruzeiro Rafael Sóbis voltou a repercutir nas redes sociais em meio às investigações da “Operação Penalidade Máxima”, que apura manipulação em jogos das Séries A e B do Brasileiro de 2022, além de confrontos nos campeonatos Estaduais deste ano. Em entrevista ao “Cara a Tapa”, de Rica Perrone, em novembro de 2021, ele disse que tinha conhecimento do envolvimento de jogadores com apostadores.
Durante a entrevista, Rica Perrone perguntou a Sóbis se ele acreditava que jogadores chutavam a bola para escanteio para ganhar dinheiro de esquema de apostas (vídeo abaixo).
— Acredito. No meu time, não [vi], mas sei que tem — disse Sóbis, na ocasião, quando tinha acabado de se aposentar dos gramados.
— E onde isso vai parar? — rebateu Perrone.
— Tomara que parem na cadeia. O brasileiro não tem jeito, cara. Tem isso e está cada vez mais forte. Loucura, né? Como que vai atrás? Não sei, mas tem. Se for atrás, pega um monte de gente — declarou o ex-jogador.
— Acredito. No meu time, não [de nunca ter visto], mas sei que tem. Tomara que parem na cadeia. O brasileiro não tem jeito, cara. Tem isso e está cada vez mais forte. Loucura, né? Como que vai atrás? Não sei, mas tem. Se for atrás, pega um monte de gente — declarou o ex-jogador.
— Já tá rolando? — pergunta Perrone.
— Já tá rolando — confirma Sóbis.
O ex-jogador destacou que ouviu conversas suspeitas sobre marcação de pênaltis.
— “Já está rolando, os caras ficam atualizando toda hora no aplicativo, ficam malucos. Depois de um tempo, conversando com alguns jogadores do Corinthians. ‘Pode cair na área que hoje está…’. Já escutei isso. Avisaram que ‘hoje tá de boa’ — disse ele.
Na entrevista, Rafael Sóbis não cita nomes de jogadores que estariam envolvidos e afirmou que jamais o faria porque não tinha provas para sustentar a alegação.
A Operação Penalidade Máxima, atualmente na segunda fase, já conta com 35 nomes entre investigados e citados, em um esquema de manipulação de jogos de futebol através de apostas esportivas. Com participações de jogadores que atuam até fora do Brasil, a investigação do Ministério Público de Goiás revela informações cruciais para desmontar o grupo criminoso.