A Comissão de Arbitragem da CBF concluiu que o árbitro acertou ao anular o gol de Paulinho, do Vasco, na partida contra o Palmeiras no domingo passado, em jogo válido pela 21ª rodada do Brasileirão.
Em vídeo publicado na tarde desta terça, a entidade divulgou os áudios do VAR e explicou as razões da decisão do árbitro Wilton Pereira Sampaio e do VAR Igor Junio Benevenuto. O principal argumento é de que não houve início de um novo lance de ataque do Vasco, ou seja, o impedimento de Vegetti foi corretamente assinalado.
Acompanhado de Péricles Bassols (gerente de VAR da CBF) e Giuliano Bozzano (gerente técnico de arbitragem), o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, concluiu que três aspectos da regra sustentam a interpretação de que o lance de ataque não foi interrompido:
A bola afastada por Richard Ríos permaneceu ao redor da área do Palmeiras
A bola afastada por Richard Ríos foi dominada por um jogador do Vasco, e não do Palmeiras
Richard Ríos estava sob pressão quando afastou a bola
Na avaliação da Comissão de Arbitragem da CBF, os três critérios foram preenchidos, inclusive aqueles subjetivos. Para Seneme, se a bola afastasse por Ríos fosse “para mais longe”, uma nova jogada seria iniciada. O corte parou no peito de Paulinho na intermediária. E o trio da CBF afirmou que o colombiano do Palmeiras estava sob pressão na área, apesar de não haver vascaíno muito perto dele.
O Vasco se queixou bastante da anulação do gol aos 15 minutos do primeiro tempo, quando a partida realizada no Allianz Parque ainda estava 0 a 0. O time foi derrotado por 1 a 0 e segue a cinco pontos de distância do primeiro clube fora da zona de rebaixamento.
Imediatamente após a partida, o Vasco informou que iria formalizar nova reclamação à CBF contra a arbitragem – o que ocorreu em outras três ocasiões nesta edição do Brasileirão.
O comentarista de arbitragem da Globo, Paulo César de Oliveira, acredita que a arbitragem errou ao anular o gol. Na visão de PC, uma nova jogada começou depois do corte de Ríos.