O Corinthians perdeu de novo. E, desta vez, com requintes de crueldade, já que a equipe jogou bem por 90 minutos, deu uma falsa esperança ao torcedor de que poderia vencer, mas levou um gol nos acréscimos de um jogador que estava machucado, apenas fazendo número em campo.
O 1 a 0 para o Flamengo, neste domingo, com gol de Léo Pereira, foi doloroso e elevou o jejum atual para sete jogos sem vitória. Mas, desta vez, houve realmente motivos para acreditar que a crise pode ter um fim.
O primeiro deles foi que o Corinthians voltou a competir. Diante de um Flamengo ainda em fase irregular, mas que sempre é forte no Maracanã, o Timão jogou dentro de sua estratégia, explorando contra-ataques e criando oportunidades. Não é errado dizer que o time poderia até ter vencido.
Yuri Alberto, em boa oportunidade na etapa final, teve a melhor chance do Corinthians, em lance que acabou parando na defesa do goleiro Santos. Um gol ali poderia ter mudado o panorama final da partida.
Escalado num 4-4-2 sem a bola, o Timão voltou a ter também destaques individuais. Aposta de Luxemburgo, Paulinho teve pelo segundo jogo consecutivo uma boa performance como primeiro volante. Bruno Méndez, escalado na lateral direita, foi uma fortaleza enquanto esteve em campo.
O Timão teve momentos de lucidez com a bola no chão, jogando de forma vertical, com toques de bola, inversões de lado com Fausto Vera e momentos de individualidade com Róger Guedes e Adson, dois jogadores que funcionaram muito bem na equipe.
Luxemburgo teve acertos na escalação. Ainda num momento em que testa jogadores para saber com quem pode contar, o treinador viu Matheus Bidu fazer boa partida e abriu mão de usar atletas como Fábio Santos e Giuliano. Fagner, também barrado, entrou no final só pelas dores de Bruno Méndez.
Foram 90 minutos de boa performance, de uma defesa segura e de jogadas criadas.
O torcedor, tão maltratado nas últimas partidas, voltou a sentir uma sensação de que torce para um gigante do futebol nacional. O gol sofrido pareceu um acidente e não um padrão, como vinha sendo.
Não há garantias de que o time seguirá em evolução, de que a maré de azar vai acabar e de que o time vai, enfim, se encaixar com as novas escolhas do treinador.
Mas ver as faíscas de reação no elenco do Corinthians dá ao corintiano uma nova motivação numa sequência ainda complicada, com viagem para a Argentina para jogo da Conmebol Libertadores contra o Argentinos Juniors, e depois jogos com Fluminense (Brasileiro) e Atlético-MG (Copa do Brasil).