Christian Leonir da Silva Santos, de 38 anos, foi assassinado com ao menos dez disparos na madrugada desta quinta-feira (8) na rua Santa Quitéria, região do Jardim Centenário, em Campo Grande. O autor, identificado como Raphael dos Santos Motta, de 29 anos, foi preso em flagrante, assim como sua esposa, de 26 anos, que teve participação no crime.
A principal suspeita é que o homicídio tenha relação com um possível caso extraconjugal relatado pelo autor, onde sua esposa teria se relacionado com a vítima enquanto ele esteve preso.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por uma testemunha que escutou vários disparos na via e ao conferir, encontrou Christian caído já sem vida. Foi feito o isolamento da área e os militares tentaram conversar com outras pessoas para identificar o fato.
Uma testemunha, que seria madrasta da jovem presa, relatou que ela havia feito uma ligação e contado que seu marido, Raphael, havia matado uma pessoa e se trancado na casa porque ficou transtornado com a situação, mas que ela também teria ficado presa no imóvel.
Diante das versões apresentadas, os policiais militares pediram reforço e fizeram um esquema reforçado para entrar na casa e capturar o autor e retirar a mulher. Raphael foi avistado em um dos cômodos e após a entrada, por meio de uma casa vizinha, ele foi detido em flagrante.
Em seu relato para os militares, contou que Christian teria ido até sua casa para tirar satisfação, já que a vítima teria tido um caso com sua esposa enquanto o autor esteve preso. Nesse momento, ambos entraram em luta corporal e Raphael teria desarmado o rapaz e disparado várias vezes contra ele.
Porém, sua esposa, contou outra versão, alegando que seu marido já esperava por Christian armado e quando a vítima chegou, o autor efetuou vários disparos e após a morte, colocou a arma, uma pistola .380 em uma pochete e deixou em uma casa vizinha.
Após demonstrar resistência, o autor foi colocado na viatura e entregue na delegacia. A Polícia Civil e a Perícia fizeram os trabalhos de praxe, recolheram várias cápsulas deflagradas e liberou o corpo da vítima que apresentava várias perfurações.
O caso foi registrado como homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, posse ou porte ilegal de arma de fogo e resistência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.