Líder de uma organização criminosa, Agostinho Mota Maia Neto, de 41 anos, morreu em um confronto com o Batalhão de Choque na noite deste domingo (1°), na rua Brasília, no Jardim Imá, em Campo Grande. A troca de tiros aconteceu praticamente em frente a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Pelo menos cinco suspeitos, de 26, 32, 34, 38 e 43 anos, que também eram membros da quadrilha, foram presos em flagrante pelos crimes de furto e adulteração de placas. Conforme divulgado, mais de 20 caminhonetes haviam sido furtadas desde o ano passado e a organização era considerada “muito forte” na cidade.
Segundo informações repassadas pelos militares, as equipes do Batalhão de Choque foram informadas de um furto de uma Toyota Hilux, de cor branca, e passaram a realizar diligências no intuito de descobrir sua localização. Porém, já tinham conhecimento da mesma prática realizada pela organização criminosa, recuperando, inclusive, duas caminhonetes no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Entre os endereços possíveis, os policiais conseguiram localizar o veículo em uma residência no bairro Santo Antônio, onde visualizaram a caminhonete no interior do imóvel e com diversas placas adulteradas de modelos similares aos carros que furtavam. Na casa estavam cinco suspeitos, que receberam voz de prisão.
Quando questionados sobre a prática delituosa, um dos suspeitos informou que três veículos agiam nos furtos, sendo um Volkswagen Voyage, uma Ford Ranger e um Hyundai HB20, de cor prata, que foi localizado pela equipe do Batalhão de Choque na rua Brasília, nas proximidades da casa onde a Hilux foi encontrada.
Na tentativa de abordar o suspeito, os policiais visualizaram Agostinho. Foi dada a ordem para sair do veículo com as mãos na cabeça, mas que não foi acatada e em determinado momento, o homem sacou um revólver e apontou na direção dos militares que repeliram a agressão e efetuaram disparos que atingiram o criminoso.
Agostinho chegou a ser socorrido com vida, mas morreu na Santa Casa. Com a presença da Polícia Civil e da Polícia Científica, foi encontrado um revólver de calibre 38 no interior do veículo com seis munições e duas placas pertencentes a uma Hilux.
O suspeito, que havia delatado como funcionava a quadrilha, afirmou que todos eram naturais de Contagem, em Minas Gerais. Ele ainda relatou que as caminhonetes eram específicas e precisavam ser de modelos do ano de 2019 a 2022.
Na casa onde a Hilux furtada estava, os policiais ainda localizaram diversas armas, placas, colete balístico e vários outros itens.